[MÚSICA] Olá! Antes de iniciar qualquer processo de marketing, a gente precisa olhar pro âmbito estratégico que vai nortear todas essas ações do plano de ação. E pra isso a gente tem que olhar pro sistema STP STP nada mais é que segmentação, targeting, ou alvo português, e posicionamento. Assim como eu tô falando, pessoal, a gente vê que segmentação, targeting e posicionamento se trata de processo, fase dois e três E a primeira fase é justamente falar sobre segmentação. Pra você, o que seria segmentar? O que é que vem à mente quando a gente fala de segmentação? Quando a gente fala de segmentação, pessoal, a gente tá se referindo à questão de como dividir o mercado grupos com características ou necessidades semelhantes que façam sentido pra uma companhia. Então se a gente olhar mais de perto alguns exemplos de mercado, a gente vai ver que, no caso da Coca-Cola, eles posicionaram, eles destinaram a comunicação, o produto deles de Coca Zero focados jovens adultos. Quando a gente olha pra exemplo que veio muito forte no caso do compartilhamento da economia colaborativa, a gente percebe que a Zipcar teve uma ideia genial de chegar mais perto dos consumidores e ver qual era a lacuna a ser preenchida no mercado, e aí viu que moradores urbanos e jovens, de aproximadamente ali 18 a 24 anos, necessitavam de outras formas de locomoção nos grandes centros urbanos A Zipcar começou lá Boston e eles trouxeram essa novidade, e foi uma novidade muito bem recebida por esse público porque muitas vezes eles eram negligenciados nas políticas de automóveis pra jovens entre 18 e 24, 16 e 24 anos, que precisavam alugar carro Então muitas empresas de aluguel não aceitavam essa abrangência de idade, essa faixa etária, então eles viram ali uma possibilidade de desenvolver uma oferta pra aquele público com uma necessidade específica. E quando a gente fala de segmentação, é importante a gente olhar então pros dois âmbitos: tanto pra empresa, que vai oferecer o produto e no final do dia precisa pagar as contas, quanto pro consumidor. E quando a gente olhar pra organização, é interessante a gente trabalhar a questão da segmentação, porque a gente vai trabalhar com necessidades não atendidas, necessidades que ainda não foram respondidas por empresas que estão no mercado Ela permite também a gente melhor desenvolver determinado produto, porque com aquele público mente, aquela necessidade daquele público, a gente consegue pensar melhorias, aprimoramentos, desenvolvimento de produtos e comunicação, por exemplo, pra melhor oferecer ali o produto ou serviço pra aquele público Além disso, geralmente a gente tem como consequência de tudo isso uma maior satisfação do consumidor, que vai ter ali, de repente, uma oferta destinada especificamente pra ele ou pra aquele grupo de consumidores, o que acaba trazendo pra empresa uma forma de lucro crescente e sustentável, então tem grandes vantagens nesse foco, nessa busca pela segmentação da empresa E por outro lado, esse consumidor também tem uma série de vantagens Quando a gente olha pra esse benefícios, a gente vê que existe muito uma questão de conveniência, no sentido de oferecer pro consumidor aquilo que ele precisa, da forma que ele precisa, onde ele precisa, que acaba até poupando tempo. Imagina você ter que passar por ofertas que às vezes nem fazem sentido pra você. Quero carro quatro portas, seguro pra uma família, mas tenho que passar por toda a oferta automobilística pra poder ter acesso a carro que faça sentido pras minhas necessidades Então quando a gente pensa segmentação, também traz uma redução de esforço e de tempo por parte do consumidor, que no fim do dia é recompensado. Além disso, esse consumidor vai ter ainda produtos e serviços mais customizados, destinados diretamente a ele, o que também é bem interessante, né? Vai ter as características que eu preciso, no momento que eu preciso, tornando assim a oferta mais relevante, o que a gente fala comportamento do consumidor. A gente tá sendo bombardeado o tempo inteiro por notícias, produtos, marcas... O que de repente torna aquela oferta relevante? Justamente eu precisar dela, no momento que eu quero, da forma que eu quero, atribuindo assim uma experiência personalizada. E aí a gente fala que essa segmentação vai trazer uma experiência de consumo, como todo, durante toda essa minha jornada, muito mais atrativa. E aí, pessoal, ao pensar na questão da segmentação, uma coisa que a gente tem que prestar muita atenção é que os grupos de consumidores têm que ser o mais diferente entre eles, mas o mais parecidos internamente Então eu e meu segmento temos que ser o mais parecidos possível, obviamente, pra não oscilar muito de característica e necessidade, mas ao mesmo tempo tenho que me diferenciar dos outros segmentos, sendo o mais heterogêneo possível. E aí o que a gente sinaliza é que, quando a gente fala de segmentação, a gente tem que pensar algumas características básicas pra trabalhar essa questão dos segmentos. Uma delas é que os segmentos precisam ser substanciais, ou seja, eles precisam ser significativos, e significativos, quando eu falo aqui, não é só tamanho, mas também valor Então a gente às vezes vê grandes segmentos sendo atendidos no mercado, mas às vezes eu posso trabalhar, de repente, com nicho, pequeno segmento que tem uma necessidade não atendida e que tá disposto ali a pagar por ele. Então isso é muito interessante Então quando a gente vê, por exemplo, quando surgiu o mercado Toy Art, não é algo massificado, não é todo mundo que vai estar disposto ali a pagar 300 reais, ou muito mais que isso até, por produto de colecionador, mas aqueles ali que tão disponíveis pra isso, que têm essa necessidade, que buscam essa oferta tão dispostos, e aí torna aquele segmento significativo o suficiente, substancial o suficiente pra ser trabalhado Além disso, a gente fala que ele precisa ser mensurável, ou seja, eu tenho que ser capaz de medir aquele segmento, até pra poder ver a taxa de crescimento, o retorno que ele vai dar sobre aquele investimento que a gente vai fazer Além disso, como eu falei, eles precisam ser diferenciáveis, segmento do outro. Senão a gente vai estar falando ali, na verdade, de grande mercado massificado, o que é diferente ali do que a gente fala de segmentação Eu preciso ainda que eles sejam acessíveis. Eu preciso entender aquele segmento, preciso ser capaz de desvendar o que que ele quer, obviamente, já que eu tô produzindo uma oferta pra ele. E por fim, eu preciso que eles sejam acionáveis, no sentido de que a gente precisa ir até esse segmento, tenho que ser capaz de me comunicar com ele, tenho que ser capaz de distribuir, de entregar ali produto, seja pro Norte, Nordeste, Sul, Sudeste do país Então, por fim, ele precisa ser acionável. E aí a gente completa cinco características: mensuráveis, substanciais, acionáveis, diferenciáveis e acessíveis E é isso. Hoje a gente falou pouco mais nessa primeira aula sobre segmentação [MÚSICA]